terça-feira, 28 de abril de 2015

Espirais e mais espirais..

Há muitas coisas que costumo dizer aos clientes mas é incrivel o quão fácil é esquecer-me quando entro em modo pânico. 

Uma das que não devia esquecer é a de que e evolução é um processo espiralado, quando pensamos que estamos a andar em circulos porque “recaímos” no mesmo problema, pode querer dizer que estamos a voltar ao mesmo ponto na volta seguinte da espiral. 

A maior parte dos bloqueios que temos são demasiado dolorosos para se poderem dissolver de uma só vez, é preciso voltar e voltar de cada vez um bocadinho mais fundo, um bocadinho mais claro.
 
Também há detonadores, coisas pequenas, que nos levam de volta a sensações intoleráveis da infância. 

Sabem aqueles momento em que nos comportamos “como se” tivessemos três anos, ou dez anos, ou fossemos adolescentes...?   

Por muitas voltas que se dê as estratégias de criança vão estar sempre lá quando o stress é demais. Quando nada funciona entramos em piloto automático. 

Tenho a sensação de que imensas vezes não queremos lembrar por ter medo de voltar a cair dentro do caldeirão. E é sensato. 

È dificil olhar para esta criança amuada e violenta, sobretudo apavorada e não fugir. Ficar comigo/ela e reconhecer que não está maluca.  Destapar a ferida. Mesmo com a vergonha e a sensação de possivel humilhação.

1 comentário:

  1. Toda a criança quer ser capitão de si mesma e é esse ser sonhador que se revolta ao comparar esses sonhos poéticos com a cru ser em que se tornou. Ser-se sensato é a maior insensatez.

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