sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Amor próprio procura-se




ora bem.. às vezes partilhar é tipo exorcismo, quando assumo uma coisa em público já não há maneira de voltar atrás e fingir que não vi ou que não sei. E desta vez vi uma coisa que não gostei mesmo nada. A ver com mães e filhas. A minha mãe é uma trabalhadora compulsiva, nunca tem tempo para nada, nunca para, encontro-a muitas vezes a trabalhar na oficina ás tantas da noite e tem o lema de que ganhar dinheiro é muito dificil e só com muito sacrifício. Anteontem mais uma vez passei à porta da oficina ás dez da noite e lá estava ela a entrar ainda sem ter jantado, chegada de um cliente. Sempre com o ar dela de "ah pois é filha sem muito trabalho não se consegue nada, eu estou aqui e ainda nem jantei, para tu andares na boa vida alguém tem que vergar a mola" Respondi-lhe torto para variar e subi para casa a resmungar. E pronto daí a nada dei por mim às onze da noite colada ao computador sem conseguir dar atenção ao meu filho nem ao meu parceiro a tratar de coisas de trabalho... uppsss... De repente fiz um click... estou a fazer exactamente o mesmo que ela, outro cenário, mesma atitude. Ela nunca deixa de aceitar trabalho, por causa do dinheiro, e eu porque acho que é importante, mas no fundo nenhuma de nós poe limites nem se valoriza. Tal qual como o texto da Sara Vale (que por acaso nem consegui ler com atenção porque tinha tantas coisas para fazer) Socorro! Acho sempre que não posso parar, não consigo ter tempo para cuidar de mim. Deusa da Sanidade anda cá que preciso muito de ti..  Agora é não esquecer e mudar, mudar, mudar... Definir prioridades e começar a por as coisas importantes à frente das urgentes. 

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